Pois bem, como Gestor de Arbitragem da CBJ, tive o prazer de ser convidado para conhecer o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, local onde a Seleção Brasileira esteve treinando nas últimas semanas com o objetivo de aperfeiçoar suas técnicas. E lá, ouvi a seguinte observação: o senhor não acha que essas mudanças nas regras de arbitragem vieram para prejudicar o Judô?
Baseado na queixa, resolvi tentar orientar a alguns técnicos e atletas no sentido de colaborar, não querendo com isso ser um professor, longe disso, apenas como forma de ajuda-los a evoluir. Minha resposta à pergunta anterior foi: não. Acredito firmemente que quem treina as técnicas do Judô para aplicá-las na hora da competição, sempre tem bom resultado. E é isso que precisa ser feito pelos atletas brasileiros.
Aqui vai um recado: esqueça os árbitros e as regras e vá competir sem medo de ser feliz! Não há nenhuma esperteza que supere a inteligência. Se o seu adversário está tentando se aproveitar das mudanças nas regras para fazê-los tomar punições, jogue-o. O objetivo das mudanças é valorizar quem tenta a projeção, o atleta com mais técnica, e isso, os judocas brasileiros tem.
Vale dizer que as regras mudam para todos. Assim como os atletas daqui têm dificuldades em se adaptar, outros também terão. A diferença está em quem se dedica, quem estuda, quem treina mais. São esses que se destacam. Em tempo, já deixamos de ganhar medalha olímpica por não cumprir o que diz a regra. Seminários de arbitragem estão sendo realizados em todas as federações. O Brasil é um país privilegiado, já que tem árbitros no mais alto nível de arbitragem (FIJ A) em suas cinco regiões. Procure conversar com eles, participe dos seminários, se informe, se atualize.
Só assim, vocês poderão orientar bem os seus atletas, senhores técnicos, e não terão que chorar derrotas.
(Retirado aqui)
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